Mais Valor
em Saúde
Cimentar a cultura de Value Based Healthcare (“VBHC”) para
melhorar a qualidade da prestação de cuidados de saúde do SNS.
Aplicar a cultura de VBHC promovendo a colaboração entre diferentes áreas e integração de cuidados para a Criação de Mais Valor no SNS e de melhores resultados em Saúde para a comunidade
VHBC para Profissionais de saúde – Incubadoras de formação
Equipas de projeto e consultores em trabalho conjunto de implementação
Indicadores, outcomes e satisfação dos utentes
Capacitação para Automonitorização de Utentes Sujeitos a Terapêutica Anticoagolante, com Recurso à Telemonitorização Remota em Tempo Real e Teleconsultas
Avaliação de Úlceras por Pressão em Contexto Domiciliário com Recurso a Imagem Digital/Dispositivo Móvel
“Numa perspetiva de gestão no sector da saúde, a abordagem “value based healthcare” procura a otimização do processo de prestação de cuidados de saúde.
Numa perspetiva mais ampla de sistema de saúde, o conceito de “value-based healthcare” abarca quatro princípios gerais:
Prof. Pedro Pita Barros
Componente formativa que visa habilitar os participantes na metodologia e princípios basilares de Value Based Healthcare (VBHC), permitindo-lhes identificar quais os outcomes diferenciados da componente de custos e conhecer modelos de entrega de cuidados otimizados.
Atribuição de 4 Bolsas no valor individual de 50.000 euros em consultadoria, a projetos de implementação de metodologias VBHC em Hospitais do SNS.
As sessões de formação Value-Based Healthcare: da Teoria à Prática, lideradas pela Prof. Dra. Marcia Makdisse, oferecem uma oportunidade única aos profissionais da área da saúde para aprofundarem os seus conhecimentos sobre Value-Based Healthcare (VBHC). O curso inclui desde a criação do contexto para implementar o VBHC até à medição do valor em saúde e a criação de incentivos para a melhoria contínua.
O envelhecimento da população é uma realidade atual transversal aos diferentes sistemas de saúde, com implicações significativas em todos os domínios da sociedade. Dados do Eurostat prevêm que a população de idosos entre os 75 e os 84 anos aumente cerca de 56% até 2050, passando de 962 milhões em 2017 para 2,1 mil milhões em 2050. Um dos sectores mais fustigados por esta nova realidade demográfica, é o sector da saúde, cada vez com mais utentes, mas com menos profissionais de saúde e orçamentos deficitários. Atualmente, os Serviços de Urgência são, a porta de entrada no sistema de saúde, sendo inevitavelmente locais sobrelotados, com atividade 24 horas por dia e idealmente, de permanência curta. No entanto, verifica-se que os doentes com idade superior a 65 anos, com maior fragilidade e maior número de comorbilidades, permanecem mais tempo no SU, têm maior probabilidade de ser internados, acarretando custos acrescidos para o sistema de saúde. No caso específico do SU da ULS Santa Maria, por ano, recebe cerca de 30% de doentes acima dos 65 anos, 25% dos quais, são admitidos numa enfermaria. Por forma a colmatar este problema, um grupo de sociedades internacionais, elaborou linhas orientadoras específicas para os doentes geriátricos em contexto de urgência hospitalar. No seguimento destas orientações a American College of Emergency Physicians desenvolveu um programa de acreditação internacional de serviços de urgência geriátricos. O Serviço de Urgência Geriátrico é um conceito de inovação hospitalar, o qual consiste na criação de salas e espaços separados dentro do SU, semelhantes às salas de emergência pediátrica, com uma equipa treinada e dedicada exclusivamente aos cuidados de emergência para idosos. O projeto, Serviço de Urgência Amigo do Idoso pretende implementar uma mudança do paradigma da assistência ao doente idoso, criando um serviço respeitador das diferenças, privilegiando a qualidade, a dignidade, a privacidade e a segurança dos cuidados prestados.
O Programa Assistencial Integrado CONSIGO (PAI CONSIGO), procura aliar de forma integrada diversas abordagens complementares à pessoa com DPOC, nomeadamente, o desenvolvimento do Percurso Assistencial Integrado da pessoa com Multimorbilidade (PAI MM), um Programa de Reabilitação Respiratória com uma ação multidisciplinar, o desenvolvimento da telessaúde e o Programa de Gestão de Caso. A sua implementação será realizada em diversas fases: Fase 1: Identificação administrativa das pessoas da ULSLA com diagnóstico de DPOC, integração das que cumprirem os critérios de inclusão no PAI MM e confirmação diagnóstica. Fase 2: Orientação no PAI MM: Avaliação médica, definição de um percurso assistencial de acompanhamento e referenciação conforme cumprimento de critérios. Fase 3: Definição da Abordagem à pessoa com DPOC: As pessoas referenciadas para o Programa de Gestão de Caso serão orientadas para uma avaliação e definido um Plano Individual de Cuidados (PIC). As pessoas referenciadas para Programa de Reabilitação Respiratória serão avaliadas em consulta de Fisiatria na qual é definido o risco clínico, o tipo e o local de intervenção que, de forma geral, inclui: Sessões educativas sobre Literacia DPOC; ensino e treino de técnicas autónomas de controlo de sintomas e sessões práticas de ganho de capacidade funcional: Fase 4: Promoção da estabilidade: Esta assentará num sistema de monitorização múltipla, coordenada e contínua, nomeadamente, auto-monitorização por pessoa/ cuidador e a auto-monitorização apoiada por IA a “Hilly” (assistente virtual).
O aumento dos custos na área da Saúde é uma realidade com a qual as instituições de saúde se deparam, fruto da inovação das tecnologias de saúde e do envelhecimento da população. Por outro lado, a criação das Unidades Locais de Saúde (ULS) foi acompanhada por uma alteração do modelo de financiamento do setor da Saúde, promotora de maior eficiência na prestação de cuidados. Neste contexto, a ULS Gaia-Espinho (ULSGE) assumiu o desafio de transformar a sua prática clínica habitual em clínicas multidisciplinares baseadas em valor, utilizando dados estruturados que capturam o valor dos cuidados prestados numa ótica 360º. Esta abordagem promove uma prática clínica com maior eficiência operacional e financeira, baseada em práticas de Value-Based Healthcare (VBHC). Assim, a ULSGE, em parceria com o Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Alliance - EMHA (o qual integra) e o seu parceiro tecnológico knok, desenvolveu ferramentas para a automatização de jornadas do utente e a quantificação do valor entregue ao utente aquando da prestação de cuidados de saúde. Pretende-se assegurar a recolha e agregação de dados estruturados de saúde, alimentando ferramentas de suporte à tomada de decisão clínica (dashboards), de investigação clínica (estudos de RWE) e relatórios de custos, efetividade e segurança que guiem acordos de partilha de risco (Risk-Sharing). Com este projeto e o suporte dos seus parceiros, a ULSGE irá criar e ativar em 3 meses 15 jornadas do paciente, envolvendo mais de 2000 pacientes em áreas de clínicas distintas, desde a oncologia (p.e., Cancro do Pulmão e Linfoma) à infecciologia (p.e., HIV). Estas jornadas deverão permitir estabelecer os primeiros acordos de partilha de risco a 6 meses da implementação do projeto, altura em que também deverão ser concluídos os primeiros estudos de RWE. Através do EMHA, pretende-se assegurar a rápida disseminação deste projeto para as três restantes ULS do Consórcio - ULS Região de Aveiro, Entre Douro e Vouga e Matosinhos.
No ULS S José existem várias experiências consolidadas de utilização de telesaúde, no entanto, estamos ainda muito longe de explorar todo o seu potencial. O mesmo está associado com a elevada diferenciação dos nossos profissionais, com a ligação ao mundo académico, com a complexidade, diversidade e com o volume de cuidados que prestamos, que nos permitem ter escala significativa e diferentes abordagens. O centro de telesaúde -ATENTO- enquadra-se na estratégia de disponibilização de telesaúde a doentes crónicos complexos que são acompanhados pelos diferentes serviços e consultas do CHULC. Pretende-se que o ATENTO seja o elemento agregador de todos os cuidados e-saúde prestados no CHULC, funcionando como cúpula e simultaneamente fazendo apoio transversal a todas as equipas e sistemas de TIC já em funcionamento. Na implementação de uma estratégia de e-saúde é prioritário delinear o percurso do doente desde a prevenção, acesso aos diferentes níveis de cuidados de saúde para diagnóstico e tratamento, seguimento domiciliário e na comunidade. Os doentes com estadio mais grave da sua doença crónica serão telemonitorizados pelo Centro de Telesaúde-ATENTO, mantendo-se assim uma vigilância mais apertada pela Equipa e o seu médico especialista (referenciador). A articulação e transição com outros níveis de cuidados assume particular relevância no percurso de prestação de cuidados aos utentes com patologia complexa, de forma a permitir o acompanhamento dos doentes nos diferentes níveis de cuidados por diferentes equipas como, medicina geral e familiar, enfermeiros de família, enfermeiros especialistas em reabilitação, fisioterapeutas e nutricionistas, entre outros, promovendo a literacia para a saúde e a gestão das pessoas com multimorbilidade, promovendo ganhos em saúde.
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